Nos últimos anos, a Logística 4.0 vem atraindo a atenção da maioria dos profissionais do setor. Afinal de contas, esse movimento engloba boa parte das inovações que prometem revolucionar o mercado.
No artigo de hoje, falaremos de uma das tecnologias mais promissoras do segmento; a entrega por drones. Portanto, não perca a chance de se atualizar sobre o tema. Continue com a leitura e fique por dentro dessa tendência!
O que é e como funciona a entrega por drones?
A entrega por drones é um serviço logístico de carga e descarga de mercadorias que corresponde à tarefa desempenhada hoje pelos operadores humanos e seu módulos de transporte. Ou seja, o drone coleta o item no ponto A e o entrega no ponto B — simples assim!
A modalidade ganhou atenção por iniciativa de uma gigante varejista. Há 4 anos que os drones da Amazon já causavam relativo espanto e deslumbramento na sociedade, tanto por sua eficiência quanto pelo aspecto futurista. Já em 2020, a marca organiza os últimos preparativos para lançar a modalidade em grande escala, como uma solução definitiva para figurar no dia a dia dos consumidores norte-americanos.
Naturalmente, ainda existem alguns desafios de engenharia para otimizar o funcionamento dos drones, mas eles já apresentam capacidade de realizar entregas dentro de 30 minutos, com 24 km de autonomia operacional e 2 kg de capacidade. Inclusive, são essas especificações que apontam para a principal aplicação da modalidade, o transporte de alimentos.
Essa realidade se concretizará no Brasil?
Um dos grandes drenos da operação logística brasileira são os custos operacionais dos modais de transporte, principalmente com manutenção e abastecimentos. Por conta disso, o país se beneficiaria muito com o uso dos drones, tendo em vista que essas aeronaves elétricas têm recarregamento rápido e baixo consumo energético.
Além da economia, a modalidade viabiliza um serviço de entregas curtas, leves e rápidas. Ainda assim, será necessário um longo trajeto cultural para a familiarização do consumidor com a novidade.
Tanto no Brasil como nos Estados Unidos existem receios sobre a aplicabilidade dessa estratégia em função da vulnerabilidade às ações mal intencionadas, com o sequestro das mercadorias ou das próprias aeronaves. O grande ponto de inversão nessa história é que o desenvolvimento sempre encontra um caminho para a adaptação.
O mesmo receio existia em 1967, quando se cogitava instalar caixas com dinheiro nas ruas de Londres. A ideia parece bizarra? Pois então, essa foi a jornada dos caixas eletrônicos na capital inglesa — que resistiu a todas as controvérsias para se tornar uma solução cada vez mais segura e global.
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Quais as vantagens e desvantagens da entrega por drones?
A realização de entregas por drones, como tudo na vida, tem seus prós e contras. Por isso, separamos este tópico para listar os pontos altos e baixos da tecnologia. Dê uma olhada!
Vantagens
Eficiência energética, operacional e econômica. Em plena era da sustentabilidade, contar com a tecnologia dos drones será um elemento importante para renovar o compromisso das empresas com a construção de um ambiente mais sustentável.
Em termos operacionais, os drones não sofrem com os desafios da mobilidade terrestre, pois após uma severa regulamentação do setor, as aeronaves se adequaram a padrões de atividade que eliminam riscos de congestionamentos aéreos, garantindo que todos os deslocamentos sejam feitos de maneira autônoma e conectada — dispensando o piloto remoto no longo prazo.
Há, ainda, a questão econômica, abordada anteriormente. Basicamente, os custos de manutenção despencam por conta da simplicidade mecânica das aeronaves frente aos veículos tradicionais, o consumo energético também se beneficiará de uma fonte limpa e renovável e as contratações diminuirão.
Desvantagens
Como grande parte das inovações advindas com a transformação digital, tanto a tecnologia como a automação exibem propostas que revolucionam o mercado em aspecto de eficiência, mas causam uma vulnerabilidade no banco de empregos.
Logicamente, há o argumento de que novas vagas serão criadas, o que é uma realidade enfática. No entanto, no exemplo dos drones, serão necessários menos pilotos remotos do que entregadores do sistema convencional — ainda que essa seja uma estimativa primária.
No mais, se nos basearmos nas especificações técnicas da aeronave, existem elementos que podem ser apontados como desvantagens desde agora. O primeiro delas é uma óbvia limitação de carga. A capacidade máxima de 2 kg restringe a utilização da tecnologia de maneira considerável.
O mesmo vale para a autonomia. Abaixo de 30 km, a solução será limitada às entregas de aproximadamente 10-12 km de distância entre o ponto de origem e o de destino, pois há de se considerar a capacidade de ida, volta e reserva emergencial — caso necessário.
Como é a regulamentação sobre a modalidade?
A regulamentação dessa modalidade ainda está dando seus primeiros passos, não só no Brasil, mas também no epicentro dessa inovação, os Estados Unidos. Até o momento, os órgãos responsáveis estudam a implementação com cautela, pois a norma vigente ainda determina que essas aeronaves só podem ser operadas dentro do campo de visão do piloto.
Especificamente no Brasil, uma líder no ramo, a Speedbird Aero, vem costurando projetos e entendimentos com as agências reguladoras, buscando um ponto de equilíbrio para desenvolver rotas, sistemas e normas para a adoção da tecnologia no país.
Vale retomar, ainda, que, para muitos, existe o receio de que o consumidor possa recusar a ideia, como se sinalizando a estranheza da sociedade para com as entregas voadoras. Contudo, se há uma coisa que a história econômica nos ensina é que o público abraça a simplicidade e praticidade.
Ou seja, qualquer solução melhor e mais rápida será facilmente adotada pelo público. Inclusive, é disso que se trata o efeito Amazon, em que a oferta de um serviço absolutamente eficiente e barato mostrou-se o elemento-chave para dominar o mercado internacional.
Como pôde ver, no âmbito político, as definições das entregas por drones ainda se encontram em um estágio embrionário, apesar do estado de desenvolvimento tecnológico já estar bastante avançado. Cabe, agora, acompanhar o trâmite da questão e começar a planejar possíveis maneiras de implementar a solução, levando em conta seus benefícios e desafios.
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