O cotidiano de um supervisor da área logística é bastante atarefado, e envolve a tomada de muitas decisões estratégicas. Então, se você quiser se destacar no segmento, é preciso estar por dentro de tendências técnicas e gerenciais que podem alavancar os seus resultados.
Para ajudá-lo, apresentaremos aqui um tópico de extrema importância: as metodologias de gerenciamento logístico. Continue com a leitura para entender melhor esse conceito e conferir dicas exclusivas para o seu negócio!
O conceito e importância de uma metodologia de gerenciamento logístico
A organização é um requisito fundamental para a qualidade dos resultados de um profissional logístico — cujas operações dependem de uma série de variáveis, como prazos e documentos.
Então, para otimizar os processos do meio logístico, assim como de outros setores que trabalham com o acompanhamento de projetos, desenvolveram-se as metodologias de gestão. Basicamente, são ferramentas que ordenam etapas e operadores, delegando tarefas de maneira mais inteligente.
Assim, combinando estratégias, teorias e práticas, é possível agilizar a produção e aumentar a velocidade da tomada de decisões por parte dos supervisores. Grandes empresas de logística, desenvolvimento de software, marketing, comércio e, até mesmo, do agronegócio, já perceberam importância desse recurso e vêm adotando a metodologia em seus negócios.
Especialmente na logística, podemos destacar ainda que essas ferramentas têm um papel muito importante para diminuir o lead-time de entrega, alavancando a competitividade da sua companhia em detrimentos das demais no mercado.
As 7 principais metodologias de gerenciamento logístico
Mas afinal de contas, quais são essas metodologias de gerenciamento logístico? Agora que você já sabe o conceito e a importância dessas ferramentas, compilamos aqui as sete soluções mais populares, explicando como elas podem potencializar os resultados da sua empresa. Acompanhe!
1. Ágil
Também conhecida como Agile Project Management, essa é uma das metodologias mais conhecidas em âmbito nacional. A abordagem ágil visa justamente aumentar a velocidade dos processos, fracionando as etapas de grandes trabalhos em ciclos menores. A ideia é reforçar que pequenos progressos estão sendo feitos a todo momento, ampliando o senso de motivação e agilizando a gestão dos projetos.
Normalmente, essa técnica é aplicada em desenvolvedoras de software, que segmentam todas as fases de desenvolvimento do projeto para, então, delegar as etapas aos seus responsáveis. Na logística, o mesmo pode ser feito, bastando o supervisor adaptar a realidade de suas operações às soluções da ferramenta, dedicando painéis específicos para controle de estoque, gerenciamento do armazém, compra de suprimentos, elaboração de relatórios e afins.
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2. Canvas
Já aqui, temos uma abordagem mais visual para a sua operação. A metodologia Canvas também prioriza a divisão das tarefas por etapas, mas as exibe em um painel horizontal e progressivo, em que, da esquerda para a direita, são indicados todos os processos necessários para a concretização das operações.
No setor de transporte de cargas, um painel Canvas poderia ser configurado com as seguintes colunas:
- transferências em andamento > orçamentos pendentes > coletas em andamento > entregas pendentes > embarques em andamento > entregas realizadas > faturas abertas.
Por outro lado, o Canvas também pode ser configurado com etapas relacionadas à própria gestão do armazém:
- recebimentos pendentes > desembarque > conferência de notas, volumes e qualidade > atualização do estoque > despacho do insumo/matéria-prima para a produção > embarque do produto finalizado > expedição para o cliente final.
Assim como toda boa metodologia de gestão, você pode configurar o painel conforme aos processos do seu negócio, criando colunas mais específicas para adequar-se ao dia a dia da sua equipe. O importante é entender que essa técnica prioriza a disposição progressiva das operações, em um fluxo no qual as tarefas vão avançando para as colunas seguintes conforme forem completadas.
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3. SCRUM
Muito confundida com a metodologia Agile, o SCRUM também prioriza a agilidade e a segmentação de tarefas. No entanto, trata-se de um método compatível com operações mais voláteis, que podem mudar a qualquer momento. Ela é muito utilizada no gerenciamento logístico, que lida com imprevistos diversos, como a necessidade de um insumo que não existe no estoque ou a manutenção corretiva dos veículos.
Além de contar com a divisão das operações em pequenas etapas, cada ciclo é concluído com uma fase de revisão, em que o supervisor deve avaliar os erros e acertos cometidos nesse processo. Com isso em mente, a gestão consegue constantemente melhorar os processos da empresa, tornando as decisões mais acertadas e eficientes.
4. Kanban
Já aqui, temos uma abordagem relativamente parecida com a Canvas, pois também apresenta as etapas de maneira visual e segmentada em colunas. No entanto, o Kanban prioriza a operação individual do gestor, indicando o que ele precisará fazer ao longo da sua semana. É, portanto, um excelente organizador pessoal.
Normalmente, um painel de Kanban tende a ser preenchido com as seguintes colunas:
- a fazer: tudo que tem para ser feito;
- hoje: tudo que deve ser feito hoje;
- em andamento: tarefas retiradas do “a fazer” ou “hoje” que estão sendo realizadas ou que já foram delegadas para outros funcionários;
- concluídas: etapas finalizadas.
5. 5S
Otimização do padrão de qualidade. Essa é a essência da metodologia 5S, originada no Japão e que conquistou o mundo corporativo ao longo dos anos — sobretudo nos setores da indústria, segurança e logística. O termo 5S faz alusão a 5 conceitos abordados pelo método, cada qual com a sua importância dentro do cotidiano das empresas.
Como os conceitos foram originalmente cunhados em japonês, a tradução do método para o português interpreta cada uma dessas ideias como sensos. Veja quais são eles:
Seiri, o senso de utilização
Discorre sobre o uso inteligente das ferramentas e recursos, prezando pela responsabilidade no manuseio de valores, equipamentos e máquinas.
Seiton, o senso de organização
Descreve a importância de se manter o ambiente de trabalho constantemente em ordem, facilitando o acesso às demandas e alavancando a produtividade dos operadores.
Seiso, o senso de limpeza
Complementar à organização, o senso de limpeza também está ligado à importância da manutenção de ambientes limpos, seja nas salas da gestão ou na cabine dos caminhões — pois tanto limpeza como organização são determinantes para estimular um comportamento enérgico e produtivo dos colaboradores.
Seiketsu, o senso de padronização e saúde
Já aqui, temos um senso híbrido, que cuida tanto da sinalização adequada dos ambientes corporativos, como da qualidade técnica e higiênica de ambientes compartilhados — como banheiros, refeitórios e afins.
Sendo mais amplo, o Seiketsu reforça a importância de otimizar os ambientes, empregando placas, cores e demais soluções que criem uma padronização, facilitando a localização dos funcionários e orientando o seu comportamento de maneira ordenada.
Shitsuke, o senso de disciplina
Por último e não menos importante, há o senso que reforça a importância do comprometimento, no qual os funcionários se conscientizam da importância desse método e se esforçam ativamente para obedecer a todos os 5 sensos.
No entanto, o supervisor não pode simplesmente aplicar a metodologia e seguir sem o devido acompanhamento. Essa ferramenta exige monitoração, conscientização e treinamento.
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6. Lean Logistic
Em uma tradução direta, esse é o conceito da logística enxuta que, por sua vez, deriva do lean manufacturing — uma metodologia industrial criada para desenvolver produtos de alta qualidade com a menor quantidade de recursos possíveis.
Na logística, essa filosofia pode ser aplicada na utilização de plataformas especializadas que permitem, inclusive, acompanhar todos os abastecimentos realizados, por localização e tempo.
Outro exemplo seria o emprego de tecnologia para o controle de estoque, automatizando a contagem com um dispositivo que lê e atualiza o sistema. Assim, é possível identificar sempre que um novo item chega no armazém, é utilizado pela produção e é despachado para o cliente.
7. Crystal Clear
Essa é uma abordagem um tanto incomum à área logística, mas que pode ser bastante oportuna caso seja bem aplicada. O método Crystal Clear foi criado para facilitar o desenvolvimento de softwares, relacionando cores ao nível de gravidade de cada uma das decisões a serem tomadas.
Basicamente, esses níveis são segmentados em quatro letras:
- C, conforto: sugere que uma falha em determinado processo pode prejudicar a credibilidade da operação;
- D, dinheiro disponível: sugere o quanto uma falha em determinada etapa pode prejudicar financeiramente a operação;
- E, dinheiro essencial: sugere o quanto uma falha pode prejudicar financeiramente a operação de maneira crítica, causando a quebra de contrato;
- L, vida: sugere quando uma falha em determinada etapa pode provocar fatalidades durante a operação.
No segmento logístico, essa categorização de gravidades pode ser um bom ponto de apoio para que o gestor revise as suas decisões, priorizando e delegando maior atenção à resolução de operações mais arriscadas e, portanto, importantes para a empresa.
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Como você pôde perceber, todas as metodologias de gerenciamento logístico apresentadas visam entregar ao gestor o maior número de informações, controle e previsibilidades sobre a operação. Na ausência de algum conceito para organizar as suas etapas, a empresa corre o risco de não identificar os seus erros e acertos, operando no escuro e perdendo a sua competitividade de mercado.
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Categorias: Logística
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