Entre os vários processos importantes na cadeia de suprimentos, existe um que se destaca: o planejamento. Afinal de contas, é antecipando as suas demandas que se torna possível operar com maior garantia de retorno. Sendo assim, elaboramos este post especial sobre a gestão de risco na cadeia de suprimentos.
O nosso objetivo é oferecer um guia prático para que você aprimore esse processo em suas operações. Para tanto, segmentamos o conteúdo em quatro tópicos, explicando a metodologia, sua importância, impacto e implementação. Continue com a leitura e saiba mais!
O conceito da gestão de risco na cadeia de suprimentos
Como você bem sabe, a cadeia de suprimentos representa o conjunto de etapas, análises e decisões importantes para o ciclo produtivo. Ou seja, a cadeia engloba todos os estágios operacionais da formatação de um produto, partindo da aquisição da matéria-prima até a entrega ao consumidor final.
Por conta dessa dimensão e de suas fases intermediárias, como a negociação com fornecedores, os detalhes da fabricação e as circunstâncias do frete, é cada vez mais importante aplicar o conceito da gestão de riscos sobre os seus processos, identificando o que pode dar errado e adotando medidas para evitar e contornar os problemas.
Afinal, é justamente disso que se trata essa gestão: planejar, antecipar, analisar, agir e monitorar. Conceitualmente, é como se a gestão de riscos fosse uma espécie de manutenção preventiva, em que se observa as rotinas para encontrar vulnerabilidades e, assim, aplicar soluções antes que determinada situação aconteça.
Para que tudo corra da maneira certa, essa gestão precisa se apoiar sobre uma metodologia clara e objetiva para cada um desses passos. Assim, se torna mais fácil de entender os problemas, como a falta de determinado insumo, e empregar as soluções, com a compra estratégica e antecipada desse produto.
Além disso, também é importante entender os principais tipos de risco que ameaçam a produtividade da sua cadeia de suprimentos. Da forma como percebemos, os mais comuns são:
- risco competitivo — inerente à sua concorrência e às estratégias que os competidores adotam para conquistar o mercado;
- risco econômico — correlacionado à saúde do seu caixa, em que a escassez pode imobilizar as compras e os processos do seu ciclo;
- risco geográfico — representado por eventos climáticos e catástrofes naturais que impactem diretamente nas etapas do seu ciclo, seja de fornecimento, produção ou transporte;
- risco de negligência — quando a operação ignora o planejamento, operando sem margens de reserva e não se preparando para períodos de alta demanda;
- risco político — quando alguma tensão ou alteração política interfere em uma das suas etapas, como no caso das guerras comerciais e taxações específicas sobre commodities (a exemplo do aço).
A importância da gestão de risco na cadeia de suprimentos
Considerando o impacto dos riscos citados, já é possível ter uma noção inicial da importância de se adotar as medidas de gerenciamento. Para tornar esse cenário ainda mais claro, reunimos abaixo os principais benefícios desse processo para a sua operação. Veja!
Cumprir exigências
Como você já sabe, a logística é um setor relativamente burocrático, repleto de tecnicalidades e certificações. Nesse contexto, a gestão de risco observa esses requisitos, certificando de que tudo esteja em ordem e, assim, evitando a paralisação da cadeia.
Evitar perdas
O objetivo do planejamento é evitar os desperdícios, a repetição de processos, a ociosidade, os danos à imagem da empresa, o encarecimento da hora trabalhada e a perda geral de valores — seja pela diminuição dos serviços prestados ou queda nos números de vendas. Sendo assim, a gestão de riscos é uma tática fundamental para a estabilidade financeira da empresa.
Garantir produtividade
A produtividade depende da eficiência das estratégias elaboradas na gestão. Caso as soluções sejam mal pensadas, nada surtirá efeito e, assim, a operação continuará submetida a diversos riscos.
Essa efetividade das ações é obtida por meio das abordagens em que se tenta manter a equipe e a capacidade produtiva plenamente ocupada. Ou seja, fazer o possível em termos de estoque, pessoas e veículos para manter a operação rodando, com dedicação máxima para conseguir honrar os contratos de produção e de entrega.
Manter satisfação
Como em um efeito cascata, em decorrência de todos os esforços para conquistar os benefícios acima, a sua operação consegue sustentar a satisfação do consumidor, atravessando o período de risco sem extrapolar os prazos estabelecidos ou prejudicar a imagem da empresa.
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As 6 etapas da gestão de risco na cadeia de suprimentos
Agora, chegou o momento de entender a implementação da gestão de riscos. Confira o passo a passo:
- planejamento — etapa em que se seleciona a metodologia, como o Guia PMBOK® e a análise inicial dos riscos e suas probabilidades;
- observação dos riscos — momento de identificar tudo que ameaça ou pode vir a ameaçar a produtividade atual da operação;
- cálculo qualitativo — fase em que se estima os riscos sobre a operação, analisando a probabilidade de que eles aconteçam;
- cálculo quantitativo — um pouco semelhante à etapa anterior, mas com o diferencial de estimar o impacto concreto dos riscos sobre a operação, utilizando cenários simulados;
- plano de reação — etapa de planejamento dedicada a elaborar saídas para os problemas que se apresentam, criando soluções que consigam explorar as oportunidades e desviar das ameaças;
- acompanhamento — fase em que se monitora a eficiência ou ineficácia de cada estratégia, além de ser o reinício de um ciclo, voltando a identificar riscos, estipular cenários, criar soluções e colocá-las em prática.
As melhores práticas da gestão de risco na cadeia de suprimentos
Para encerrar, vale a pena destacar as boas estratégias nesse tipo de gestão. Da forma como percebemos, uma das melhores táticas é ampliar a comunicação e integração entre os diferentes departamentos.
Afinal de contas, é disso que se trata a transformação digital e a própria logística integrada: eliminar barreiras entre os setores, tornando o acompanhamento estatístico mais rápido e confiável entre as várias áreas de uma empresa.
Por outro lado, também é importante focar em aspectos fundamentais para a manutenção da imagem empresarial, com a solicitação de feedbacks ao consumidor, a realização antecipada de um planejamento de estoque e demanda e a constante atualização cadastral da cartela de fornecedores.
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Categorias: Logística