A logística reversa e a sustentabilidade são temas que têm sido alvo de muitos debates nos últimos tempos, principalmente no ambiente corporativo. Mas, o que uma coisa tem a ver com a outra? Ambas têm um grande objetivo em comum: proteger o meio ambiente das agressões causadas pela produção industrial. Vamos saber como essa relação é estabelecida na prática?
Qual a relação entre logística reversa e sustentabilidade?
A logística reversa e a sustentabilidade são conceitos contemporâneos que fazem parte de uma grande mudança do modo de se pensar as questões relacionadas ao meio ambiente. Essa preocupação com o tema deve ser constantemente traduzida em atitudes e tarefas que executamos na nossa vida, principalmente ao consumirmos algo.
Para que qualquer produto chegue até as nossas mãos, foi exigida alguma quantidade de matéria-prima da natureza; quanto mais desenfreado for esse consumo, mais impacto o meio ambiente sofrerá.
O reaproveitamento e a reciclagem são medidas pensadas para reduzir esses efeitos nocivos; apesar de não ser possível reaproveitar tudo, cada vez mais é exigido consciência e seriedade na reutilização de embalagens.
Tanto as empresas quanto os consumidores têm um papel importantíssimo na busca desse objetivo. A logística reversa é uma das ações pensadas para este fim.
O que é a logística reversa?
Enquanto a logística convencional trabalha na entrega de produtos com agilidade e segurança para os envolvidos no processo, a logística reversa pensa no destino que deve ser dado aos resíduos gerados após o uso daqueles produtos. Ou seja, a preocupação é com o descarte correto e o reaproveitamento de embalagens depois do consumo.
A ideia é conferir um destino mais seguro e saudável às embalagens, peças desgastadas, produtos que já não têm serventia, evitando que esses itens sejam jogados no meio ambiente, gerando lixo e causando diversos malefícios à natureza.
Felizmente, a preocupação com a logística reversa e a sustentabilidade vem se expandindo nos últimos anos, uma solução que só traz benefícios para a sociedade em geral e a natureza da qual todos fazemos parte.
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A legislação e a logística reversa
Visando combater os efeitos danosos do consumo desenfreado e o descarte irregular de produtos, foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O documento prevê o compartilhamento da responsabilidade do ciclo de vida do produto e da logística reversa.
Com isso, empresas e consumidores precisam dar a sua parcela de contribuição para um ambiente mais sadio, através do destino adequado ao lixo produzido, seja na fabricação ou no consumo.
Nesse sentido, a PNRS enxerga a logística reversa como um instrumento de desenvolvimento econômico e social. Afinal, sabemos que a reciclagem de materiais é o trabalho desempenhado por muitas famílias, e que se constitui como uma fonte de renda necessária não só para a sua sobrevivência, mas também para a sua inserção justa e honesta na sociedade.
A logística reversa e a logística sustentável
A logística reversa está intimamente conectada com a ideia de logística sustentável. Mas, por que dizemos isso?
Podemos definir desenvolvimento sustentável como: um modelo de desenvolvimento no qual os recursos naturais são utilizados com equilíbrio, sem o seu esgotamento. Afinal, as nossas gerações futuras também precisarão deles.
A logística reversa é uma das ferramentas que contribui para o desenvolvimento sustentável porque também está alinhada à ideia de um consumo mais saudável, consciente e menos agressivo ao meio ambiente. Esse cuidado deve partir de todos, tanto por parte dos produtores quanto dos consumidores.
Por isso, a concepção da logística reversa vai além: ela pensa toda a rota das matérias-primas, desde a aquisição coerente de produtos, passando pelo seu descarte correto e evitando que aquele resíduo seja jogado na rua, poluindo mares e rios e degradando o meio ambiente.
Neste sentido, quando falamos em logística reversa também estamos falando de logística sustentável: um instrumento que pensa em consumo consciente, reutilização, reciclagem e divisão de responsabilidade. Tudo isso em prol de um desenvolvimento que, no sentido mais completo do termo, só é possível se for sustentável.
Principais desafios da logística reversa
A logística reversa desempenha um papel fundamental em todos os setores do país, mas ainda enfrenta muitos desafios diariamente. Dentre eles, destacamos:
- Dificuldade operacional: as longas distâncias entre produtores e consumidores dificultam a coleta de embalagens pós-consumo, elevando os custos envolvidos nesse transporte;
- Divisão de custos: a logística reversa gera despesas para todos os envolvidos no processo, o que também atrapalha a sua correta aplicação;
- Baixo valor agregado: produtos reciclados ainda são considerados de baixo valor agregado, não recebem incentivos governamentais e não possuem o mesmo fluxo de consumo de produtos primários;
- Baixa adesão à cultura de reciclagem: no Brasil, a adesão das pessoas à reciclagem, ao descarte correto de produtos e ao reaproveitamento de embalagens ainda é muito pequena, o que também prejudica a aplicação efetiva da logística reversa.
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Como as pessoas podem contribuir para a logística reversa e a sustentabilidade?
Como vimos, a logística reversa se refere a um conjunto de ações que devem ser compartilhadas por todos que participam do ciclo de vida de um produto: desde a sua fabricação até a sua completa utilização.
Por isso, é fundamental que as pessoas estejam cientes da importância de descartar corretamente as embalagens dos produtos que consomem. Além de estar contribuindo para um mundo mais saudável, também estarão servindo de exemplo para que outras ações similares se repitam. Mas, como fazer isso?
A devolução de embalagens para o fabricante é uma das ações que devem ser estimuladas. Muitas empresas, também preocupadas com a questão ambiental, estão adequando as suas dependências para receber os produtos que iriam para o lixo.
Assim, também é interessante que o consumidor prefira comprar de empresas que se disponibilizam a receber suas embalagens de volta e facilitam esse descarte. Alguns produtos que podem ser devolvidos aos fabricantes são:
- pneus;
- pilhas e baterias;
- carcaças de celulares;
- embalagens de cosméticos;
- componentes de produtos eletrônicos;
- lâmpadas fluorescentes;
- óleos, lubrificantes e similares, além de suas embalagens, etc.
Existem outras práticas sustentáveis que podem ser adotadas no nosso dia a dia, como:
- consumir produtos de empresas sustentáveis;
- cobrar das empresas uma postura mais cuidadosa com o meio ambiente;
- preferir produtos com menos embalagem e feitos de material reciclável;
- reduzir o consumo geral de plástico;
- reutilizar embalagens;
- evitar o consumo compulsivo e adotar práticas conscientes;
- estimular a reciclagem em casa, na escola e no trabalho.
A logística reversa e a responsabilidade social
A responsabilidade social deve ser buscada pelas empresas e a logística reversa é uma maneira eficiente de alcançar esse objetivo.
Ao adotar práticas mais sustentáveis em todo o seu ciclo de produção, as organizações assumem uma postura mais responsável socialmente e criam uma imagem real de comprometimento com o bem-estar de todos.
Desta forma, é possível estreitar as relações com o consumidor, atender às exigências legais que envolvem a logística reversa e potencializar a sua competitividade no mercado, que está cada dia mais ávido por empresas que realizam ações efetivas de sustentabilidade.
Inovações tecnológicas na logística reversa
As empresas têm aderido às novas tecnologias com o intuito de simplificar e aprimorar seus processos de produção. Nada mais justo que elas também utilizem essas ferramentas para otimizar a logística reversa dentro do seu ambiente de trabalho.
A automação industrial e os recursos de inteligência artificial são inovações que estão se fortalecendo na indústria e podem contribuir de diversas formas para um ambiente mais saudável. Veja como isso é possível:
- Desenvolvimento de produtos com embalagens mais sustentáveis, viáveis para reutilização ou reciclagem;
- Criação de programas de incentivo à reciclagem voltados para os colaboradores e também para os consumidores;
- Criação de métodos de reciclagem mais eficazes e rápidos;
- Melhoria do processo de gestão de resíduos industriais;
- Busca pela eficiência energética;
- Adesão às fontes renováveis de energia elétrica;
- Desenvolvimento de softwares para rastreamento de entrega de mercadorias, reduzindo as frustrações de clientes e a devolução de produtos;
- Criação de meios de contato do consumidor com a empresa de forma a otimizar o descarte e a coleta dos produtos após o uso;
- Criação de sensores ou sistemas capazes de identificar falhas repetitivas em produtos, o que poderia evoluir para devoluções de pedidos.
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A logística reversa é parte essencial da sustentabilidade, pois impulsiona as boas práticas, a produção e o consumo consciente, interligando todos os componentes que formam esse grande ciclo.
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