A tecnologia vem evoluindo a uma velocidade surpreendente se comparado aos séculos passados. Hoje, há uma grande preocupação por parte de empresas de diversos setores em conseguir acompanhar essas inovações para livrarem-se do risco de ficarem estagnadas no passado.
Na logística não tem sido diferente e, para tratar da nova configuração da cadeia de suprimentos, surge o termo logística 4.0. As fábricas estão cada vez mais inteligentes e, com isso, a logística vem se tornando mais integrada, conectada e, por consequência, também mais inteligente.
Neste artigo vamos falar sobre as transformações no setor desde a primeira Revolução Industrial até os dias atuais. Também abordaremos os impactos desse novo formato da logística e a forma como as empresas podem se adaptar a essa realidade para aproveitarem de seus benefícios. Continue com a leitura e saiba mais sobre o assunto!
A transformação da indústria ao longo dos anos
Com o passar dos anos, a logística foi impulsionada para acompanhar o ritmo das inovações na indústria. Tal evolução mostrou-se essencial para resolução de vários gargalos durante as operações de vazão dos bens de consumo produzidos. Acompanhe a seguir o processo de transformação da logística a partir de cada uma das Revoluções Industriais.
Indústria 1.0
Em meados do século XVIII, na Inglaterra, acontecia a Primeira Revolução Industrial, que se consolidou como Indústria 1.0. Nesse período, diversas descobertas fortaleceram a expansão dos processos de manufatura, como a produção por meio de máquinas e o uso da energia a vapor.
Nesse cenário, surgiram as locomotivas e as malhas ferroviárias, que logo passaram a ser empregadas para fazer circular as cargas entre os grandes polos industriais.
Indústria 2.0
Na Segunda Revolução Industrial, ou Indústria 2.0, ocorrida na segunda metade do século XIX, houve grande destaque para o setor automobilístico. Nessa época, as fábricas passaram a ser organizadas em linhas de montagem, dando origem à produção em massa e à especialização da mão de obra. Com isso, a cadeia de suprimentos passou a lidar com uma quantidade muito maior de bens produzidos.
A energia elétrica, que até então era limitada apenas para pesquisas científicas, começou a ser utilizada nas fábricas e nos transportes. Assim, as locomotivas gradualmente passaram a substituir a energia a vapor pela energia elétrica.
Indústria 3.0
Nos anos 1970 surgiu o conceito de Indústria 3.0, também conhecida como Terceira Revolução Industrial. Nela, ocorrem diversos avanços, em especial nos campos da ciência, eletrônica e robótica — sendo a automatização de processos a grande inovação.
No campo da logística, os meios de transporte passaram a consumir cada vez mais energia originada a partir da extração e refinação do petróleo. Logo, os caminhões ganharam destaque entre os meios de transporte de mercadorias, principalmente no Brasil, onde a malha rodoviária nacional é significativamente maior que a ferroviária.
Indústria 4.0
O conceito de Indústria 4.0 é bem recente. O termo surgiu pela primeira vez durante uma feira do setor de tecnologia na cidade de Hannover, na Alemanha, no ano de 2011.
No Brasil poucas empresas têm feito a imersão nesse novo universo, diferentemente das corporações dos países desenvolvidos, onde a Indústria 4.0 vem sendo aplicada constantemente ano após ano.
Com a Indústria 4.0, a cadeia de suprimentos foi revolucionada por meio de alguns pilares, como a internet das coisas, big data, integração entre sistemas e procedimentos, sistemas autônomos e segurança cibernética.
O impacto da logística 4.0
Acompanhando a mais recente das Revoluções Industriais, surgiu a logística 4.0. Ela tornou os processos mais eficazes, proporcionando grande economia de tempo e de recursos por meio da redução de perdas e erros na cadeia de suprimentos.
O modelo tradicional de logística era marcado por grandes estoques, enquanto nos novos moldes os estoques são mínimos. Agora, a produção passou a ser pontual, levando em consideração o princípio de ter os produtos certos, no momento certo e apenas em quantidade necessária.
Outro grande impacto diz respeito aos prazos. Na logística 4.0, há a tendência de uma maior agilidade no atendimento e entrega. Isso porque todos os envolvidos nas operações estão constantemente conectados, as informações são disponibilizadas para visibilidade em tempo real e há uma visão integrada de toda a cadeia de suprimentos com foco nos serviços prestados.
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Como as empresas podem se adaptar a essa realidade
De modo geral, as empresas têm apostado na implantação de ações como o mapeamento dos processos de trabalho, buscando identificar ações de risco que podem ser automatizadas a fim de evitar erros operacionais. Mas é importante ter em mente que isso não deve ser limitado apenas à área logística, e sim adotado por todos os departamentos que podem ser afetados direta ou indiretamente por essas questões.
Além disso, o planejamento é essencial para minimizar os impactos negativos durante a adaptação ao novo modelo de logística. Durante o planejamento é necessário alinhar como será feita a gestão de dados e, principalmente, como será realizada a integração do ambiente físico com o virtual, onde estará concentrado todo o controle das operações.
Outra forma de embarcar na logística 4.0 é investir no uso de sistemas capazes de fazer a integração de todos os envolvidos na cadeia de suprimentos, tais como transportadoras, fornecedores, clientes e outros parceiros que precisam da visibilidade para ter êxito em suas ações.
Há empresas que estão apostando forte na IoT (internet das coisas), que é capaz de conectar em tempo real os embarques rastreados para obter um melhor monitoramento das mercadorias. Assim, a comunicação passa a ser centralizada, reduzindo as chances de desvio de informações ou a falta de instrução, por exemplo.
Ignorar todas essas tendências e o rumo que a indústria tem tomado nos últimos anos é um risco para qualquer negócio. Portanto, é importante se adaptar à logística 4.0 para conseguir enfrentar os desafios deste novo cenário. Só assim será possível otimizar as operações e garantir uma melhor experiência para os clientes.
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