Os desastres ambientais são fenômenos climáticos capazes de devastar cidades inteiras, deixando rastros de destruição e incertezas. O transporte de mercadorias é um dos serviços que mais sofrem durante essas condições extremas. É o que está acontecendo no Rio Grande do Sul, por exemplo. Confira, a seguir, como o setor de logística tem enfrentado os desafios desse novo cenário.
Impacto dos desastres ambientais no transporte de mercadorias
Os desastres ambientais são eventos inesperados que desestabilizam o meio ambiente e trazem consequências muito danosas não só para a natureza, mas para a comunidade em geral e para a economia do país.
A atividade logística, em especial o transporte de mercadorias, é uma das áreas mais afetadas. As condições adversas danificam rodovias e ferrovias, causam bloqueios e impedem o escoamento ideal das mercadorias.
A paralisação dos veículos de transporte traz diversas consequências negativas, como perda definitiva de produtos, atrasos na entrega, veículos danificados e profissionais com rendimentos comprometidos.
Além disso, as intempéries prejudicam principalmente a produção agrícola e a agropecuária, reduzindo drasticamente os lucros e a manutenção sustentável do agronegócio.
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Todos esses incidentes geram danos locais e também nacionais. A elevação do preço dos alimentos, de matérias-primas e de insumos, e a falta desses itens nas prateleiras dos supermercados são os transtornos mais evidentes.
Atualmente, estamos vivenciando essas e outras adversidades com a tragédia no Rio Grande do Sul. O estado vem sofrendo com uma enchente sem precedentes desde o início de maio, tendo que lidar com muitas perdas humanas, materiais e econômicas.
O desastre ambiental no Sul do país afetou drasticamente toda a infraestrutura do estado, incluindo estradas, ferrovias, estabelecimentos comerciais, indústrias, residências, escolas, hospitais, aeroportos e muitos outros espaços.
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), em pesquisa recente, o Rio Grande do Sul sofreu uma queda de quase 50% na emissão de CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico).
Em 2023, o estado chegou a emitir, diariamente, cerca de 468 mil registros de transporte eletrônico. Nas primeiras duas semanas de maio, foram registrados apenas 267 mil documentos.
Esse dado é muito expressivo e também bastante assustador. A redução na quantidade de registro diminui diretamente a arrecadação tributária da região e afeta profundamente a economia local e de todo o país, essencial para que o estado possa se reerguer.
A importância da gestão de riscos no transporte de mercadorias
A gestão de riscos é uma estratégia fundamental para o setor de transporte e logística. É por meio dessa atividade que o gestor consegue analisar cenários, identificar possíveis ameaças e desenvolver estratégias de prevenção e controle.
Com a gestão de riscos, é possível se planejar para lidar melhor com perigos diversos, incluindo:
- riscos operacionais;
- riscos de transporte;
- riscos envolvendo fornecedores e compradores;
- riscos estratégicos e financeiros.
Os desastres ambientais causam estragos diversos e aumentam as chances de todos os riscos listados, já que são eventos repentinos, com grandes proporções e consequências de difícil controle.
Mas, como se antecipar a algo que não se espera? Apesar de abruptos, os desastres ambientais não podem ser considerados totalmente inesperados, principalmente se o local já for suscetível a intempéries, como o Rio Grande do Sul.
Nessa situação, a gestão de riscos deve estudar o contexto ambiental no qual a empresa está inserida, mapear os riscos e tentar minimizar os seus impactos. Para isso, são adotados cinco passos:
- Identificação: analisar e listar as possíveis ameaças existentes;
- Avaliação: definir a probabilidade do risco e seus impactos;
- Controle: criar um plano para diminuir os danos;
- Monitoramento: acompanhar as estratégias adotadas e o alcance de resultados;
- Revisão: analisar os resultados e mudar as estratégias, se for necessário.
Um bom planejamento é essencial para uma logística mais precisa, segura, estável e menos fragilizada.
Esse conjunto de ações também pode ser aplicado em situações sobre as quais não temos, definitivamente, nenhum controle e nem previsão, como foi o caso da Covid-19, uma infecção respiratória de nível global e que pegou a todos de surpresa.
A ideia da gestão de riscos é preparar a empresa para os efeitos negativos do ambiente externo, uma vez que a organização é fortemente influenciada por estes fatores, principalmente os econômicos, ambientais e sociais.
Compreender que os riscos existem e que a empresa pode ser, direta ou indiretamente, afetada por eles é o primeiro passo para fortalecer a organização e se preparar até mesmo para o futuro incerto.
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Estratégias para mitigar os impactos de desastres ambientais
Minimizar os prejuízos dos desastres ambientais é o objetivo de líderes de governo, gestores e consumidores. Para isso, existem algumas estratégias que podem ajudar. Confira:
Redução de impostos governamentais
Benefício concedido pelos órgãos governamentais com o intuito de reduzir os custos operacionais das empresas afetadas pelas catástrofes.
Financiamento para os mais atingidos
Em relação àqueles que perderam as suas casas e seus postos de trabalho, a contenção de danos também deve ser iniciativa do governo, como forma de assegurar a estas pessoas a chance de recomeçarem as suas vidas.
Aumento do prazo para pagamento de contas
Estender o prazo de pagamento de contas é uma medida benéfica para empresas em geral e também para a comunidade. É uma estratégia que deve ser pensada em conjunto por instituições financeiras e gestão governamental.
Oferta de crédito
A oferta de crédito é uma forma de ajudar as empresas na restauração de seus prédios, veículos, máquinas e equipamentos. Os danos são imensuráveis, mas podem ser mitigados com bons investimentos.
Implementação da gestão de riscos
Como vimos, a gestão de riscos é essencial para as empresas e o setor de logística também deve criar o seu departamento. Esta é, sem dúvida, uma maneira inteligente de amenizar estragos e se reestruturar após desastres ambientais, por exemplo.
Parceria para um consumo consciente
Sociedade civil, governo e setor privado devem unir forças para levantar a economia da região afetada e restabelecer as atividades que foram diretamente atingidas com os desastres ambientais.
É o momento de valorizar a economia local, encontrar parceiros comerciais com o mesmo propósito, compreender a demora nas entregas dos pedidos e evitar cancelar ou devolver pedidos devido aos atrasos.
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Supere os desafios no transporte com a Rodojacto
A Rodojacto sempre monitora esses desastres. Junto com nossos parceiros e a comunidade, realizamos doações solidárias, disponibilizando carretas para ajudar quem precisa.
Como especialista em transporte de mercadorias, a Rodojacto está totalmente preparada para enfrentar os desafios logísticos causados por desastres ambientais. Conheça as nossas soluções em logística e conte com o melhor parceiro estratégico para a sua empresa.
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