Gestão de riscos do transporte de carga: saiba tudo

Transportar mercadorias de um ponto a outro do país é uma tarefa comum, mas que também implica em muitos riscos. Para garantir a segurança do motorista responsável e dos produtos transportados, é fundamental pensar em um plano de gestão de riscos do transporte de cargas. Vamos saber como fazer isso?
Transportar mercadorias é uma tarefa complexa, que se inicia antes mesmo de a carga estar a caminho do seu destino. Isso porque, para evitar problemas que podem acontecer durante o trajeto, é preciso um amplo planejamento prévio.
Esse planejamento consiste na gestão de risco do transporte de carga. Para começar, deve-se antever todos os possíveis contratempos envolvidos na operação. A partir disso, são adotadas estratégias a fim de prevenir ao máximo esses riscos, aumentando consideravelmente a possibilidade de que a carga chegue sem complicações ao destino.
Além disso, também é necessário traçar um plano de ação para caso as medidas preventivas falhem e haja algum sinistro. Então, precisam ser definidas, dentre outras coisas, as ações necessárias para que não haja empecilhos ao acionar o seguro.
Um plano de ação é um conjunto de práticas que vão auxiliar no gerenciamento dos riscos. Com esse planejamento, será possível prever, identificar, solucionar ou, ao menos, reduzir os impactos causados por esses imprevistos.
Confira um passo a passo simples e efetivo para tirar essa metodologia do papel:
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A grande vantagem da gestão de riscos do transporte de cargas é a visão ampla que o gestor tem da empresa e das operações logísticas. Com um bom plano, é possível se antecipar aos acontecimentos e lidar melhor com eles.
Quando faz um gerenciamento adequado, o gestor consegue aumentar a segurança da sua equipe, garantir a integridade das mercadorias, usar seus recursos com eficiência e se preparar financeiramente para possíveis imprevistos.
A gestão de risco no transporte de carga preserva interesses coletivos. Quando algum tipo de problema acontece, todos os envolvidos são prejudicados de forma direta ou indireta.
Em caso de roubo, por exemplo, o profissional tem a sua integridade ameaçada, há perdas financeiras para o seu negócio e a entrega ao consumidor é comprometida. Na prática, a gestão de riscos ajuda a alcançar melhores resultados na logística.
A transportadora tem um papel crucial na gestão de riscos de transporte de cargas e precisa estar ciente de todos os imprevistos que podem acontecer durante o percurso traçado.
A sua principal responsabilidade é pensar em estratégias e práticas efetivas para aumentar a segurança das mercadorias e dos profissionais envolvidos no transporte.
Além de fortalecer a sua relação com o contratante, a transportadora também contribui para a imagem positiva que o cliente terá da empresa que vendeu o produto.
Algumas medidas que podem ser adotadas:
Ao escolher a empresa responsável pelo transporte de carga, é preciso entender que ela será uma grande aliada do seu negócio. Portanto, deve atuar com profissionalismo e responsabilidade, a fim de garantir que nada de errado acontecerá nas rotas dos fretes.
Alguns fatores que devem ser analisados antes de firmar uma parceria são:
Nesse último item, é válido ressaltar a importância de avaliar se a transportadora atua em acordo com as determinações das seguradoras, o que certifica a adequação da gestão de risco no transporte de carga.
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Existem diferentes tipos de seguro, nacionais e internacionais, que podem ser adotados para o transporte de cargas. Alguns são obrigatórios, outros, facultativos. Veja, a seguir, os três principais que se aplicam ao modal rodoviário.
Esse seguro é obrigatório, e a sua cobertura varia de acordo com especificações como tipo de mercadoria transportada. Ele pode ser amplo ou restrito e deve ser contratado pelo dono da carga sempre que a origem e o destino forem nacionais.
O RCTR-C também é obrigatório, mas deve ser contratado pelo responsável pela logística de transporte — em muitos casos, a transportadora. Apresenta coberturas diversas envolvendo sinistros por acidente, como:
Perceba que, no seguro anterior, não existe uma cobertura para roubos ou furtos, já que ele se aplica a perdas ou danos provocados na carga por acidentes de trânsito. A cobertura para subtração de mercadoria é alcançada com a contratação do RCF-DC, que não é obrigatório.
Esse seguro é de responsabilidade de quem fará o transporte. Nesse caso, a contratação é feita obrigatoriamente junto do RCTR-C e, basicamente, oferece ressarcimento em caso de roubo ou furto do veículo e mercadoria.
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Sinistro é um evento negativo que acontece durante a carga, descarga ou transporte da mercadoria e que incide em danos à integridade do produto. Conheça os tipos mais comuns de sinistros:
Quando a mercadoria sofre danos em decorrência de algum acidente na estrada, com ou sem culpa do transportador.
Nesse tipo de sinistro há quebra total ou parcial da mercadoria ou embalagem.
Quando a mercadoria não chega ao seu destino, motivada por furtos, assaltos ou por um atraso de mais de 30 dias.
Prática que costuma ocorrer mediante violência e causa o sumiço da mercadoria.
Neste bloco estão mercadorias que sofreram danos em virtude de embalagem inapropriada ou devido a alterações da própria composição, como é o caso de alguns alimentos.
Modalidade um pouco mais complexa, pois ocorre fora do país e que exige um acompanhamento aproximado dos responsáveis.
Neste ponto do conteúdo, você deve estar se perguntando: “afinal, quem estrutura a gestão de risco do transporte de carga?”. A responsável por esse processo é a gerenciadora, que deve ser homologada pela seguradora.
A transportadora cria um plano com base no perfil da carga e, a depender do valor e tipo da mercadoria, contrata uma gerenciadora. De acordo com a apólice, a gerenciadora cria um plano de gerenciamento de risco (PGR) e define várias ações, restrições (onde pode parar, até que horas pode circular, quais rodovias trafegar), equipamentos para operacionalizar certos tipos de produto etc.
Para que essa gestão tenha eficácia, é essencial que:
Vale destacar que, caso a transportadora descumpra algum item da apólice, a gerenciadora se isenta da responsabilidade por possíveis sinistros.
Falamos bastante no gerenciamento de risco no transporte de cargas, mas você sabe quais riscos são esses? Confira a lista:
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O tipo de gerenciamento também implica no sucesso da gestão de risco do transporte de carga. Atualmente, as duas formas mais utilizadas são monitoramento e rastreamento.
O monitoramento é adotado para cargas com valor mais baixo. Ele consiste no acompanhamento do veículo e conta com a geração de relatórios. O carro desviou da rota? Tem o parâmetro x, que vai gerar um alerta para a gerenciadora, mas não tem a ação de um operador.
Já no rastreamento, a gerenciadora acompanha o veículo transportador e realiza uma ação por meio de um operador, caso aconteça algum desvio do plano. Isso pode ser ligar para a transportadora, acionar a polícia, enviar um bloqueio ou disparar uma sirene.
A gestão de riscos no transporte de carga é uma medida necessária para garantir a segurança de todos os envolvidos e os bons resultados das relações comerciais. Portanto, não dê chance para o inesperado e conte com uma transportadora consciente do seu papel nessa tarefa tão complexa que é a movimentação segura de mercadorias.
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