A indústria de alimentos reúne uma série de atividades industriais voltadas para a produção e comercialização de produtos alimentícios para diferentes formas de consumo.
O segmento vem crescendo ao longo do tempo, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país e para a diversidade e disponibilidade de alimentos nos lares brasileiros. Tudo isso só é possível devido à atuação estratégica da atividade de logística, em especial, durante a entrega de mercadorias.
Neste artigo, vamos explicar de que forma a logística impacta no crescimento deste mercado. Acompanhe!
Panorama da indústria de alimentos no Brasil
A indústria de alimentos obteve um faturamento de quase R$ 1,2 trilhão em 2023, o equivalente a 7,2% a mais dos lucros obtidos em 2022. Esse valor representa quase 11% de todo o PIB nacional.
Além do faturamento, o setor também chama a atenção pelo grande número de postos de trabalho gerados. Em 2023, houve cerca de 70 mil contratações diretas, além de milhares de empregos indiretos.
Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) e deixam claro a grande importância do segmento não só para a alimentação da população, mas também para a economia do país.
Logística na indústria de alimentos
A logística é um processo dividido em várias etapas, sendo responsável pelo transporte de mercadorias de um ponto a outro, garantindo a segurança, a agilidade e a eficiência dessa operação.
Na indústria de alimentos, esse papel é exercido com um rigor ainda maior, pois os produtos transportados possuem validade, logo, estão facilmente sujeitos à deterioração, quando não recebem os cuidados corretos.
Nesse segmento, além de cumprir prazos e economizar recursos, a logística também precisa investir em armazenamento adequado, conforme as características de cada produto, e no cumprimento das normas vigentes.
As boas práticas são determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que também fiscaliza o cumprimento das regras.
Como podemos perceber, a logística ocupa uma posição essencial na indústria de alimentos. É ela que abastece os pontos de venda com produtos ideais para consumo, garantindo a satisfação do consumidor e a lucratividade do revendedor.
Leia também: Como a sazonalidade influencia a logística de transporte?
Cadeia de suprimentos na indústria de alimentos
A cadeia de suprimentos reúne todas as atividades envolvidas no ciclo de vida de um produto, começando na produção e finalizando na entrega da mercadoria ao consumidor.
Também chamada de supply chain, a cadeia de suprimentos divide-se em várias fases, incluindo o abastecimento, a produção, o armazenamento, a distribuição e o transporte.
A logística, por sua vez, atua nas etapas consideradas mais críticas, que são a produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição. Cumprir prazos e preservar a textura, estética, sabor e aroma dos alimentos são suas principais atribuições.
Portanto, além de uma execução de excelência em todos os estágios deste ciclo, é preciso integrar etapas para garantir o fluxo contínuo do processo, sem atrasos ou conflitos de informações. Esse é o papel crucial da gestão de suprimentos.
Desafios da logística na indústria de alimentos
A logística é um campo complexo e multifuncional, características que são ainda mais perceptíveis quando falamos sobre a indústria de alimentos. Por isso, os desafios são inevitáveis. Confira os principais:
Manutenção da qualidade e segurança alimentar
Como garantir que um alimento perecível permaneça intacto durante longas horas de transporte?
Esse desafio é diário e, para ser superado, requer investimento em estrutura, tecnologia e capacitação profissional. Desta forma, é possível evitar contaminações, preservar a qualidade dos itens e evitar perdas ao longo do trajeto.
Gestão de estoque e inventário
A gestão de estoque deve ser rigorosa para garantir o abastecimento e, ao mesmo tempo, evitar o excesso de produtos. Alimentos possuem um tempo de vida útil curto. Portanto, precisam de alta rotatividade.
Manter um inventário atualizado é fundamental para monitorar as entradas e saídas e conseguir um estoque equilibrado, que atenda às demandas reais da fase de transporte e distribuição.
Logística reversa
A logística reversa trata da devolução e reciclagem de produtos após o consumo. Neste caso, estão incluídas as embalagens, como frascos, caixas, garrafas e outros.
Na indústria de alimentos, a logística reversa é um desafio principalmente em relação à reciclagem de materiais que entram em contato direto com os produtos.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o mercado de alimentos e bebidas produz 30% de plástico, material cuja reciclagem mecânica é dificultada pela presença de restos de comida.
A reciclagem química seria a melhor alternativa para essa situação, mas também esbarra no alto custo da modalidade.
Leia também: Previsão de demanda: o que é e como aplicar?
Transporte e distribuição de alimentos
O transporte e a distribuição de alimentos podem ser feitos de maneiras diferentes, de acordo com as necessidades de cada item. Produtos perecíveis, não perecíveis e industrializados possuem exigências distintas.
Outra diferença observada é em relação à forma como os itens são embalados e que também vai definir o melhor meio de transporte utilizado. Produtos a granel costumam ser movimentados pelo modal ferroviário, por exemplo.
Já os alimentos embalados são comumente transportados pelo modal rodoviário, o método que ainda possui o melhor custo-benefício para todos os envolvidos no transporte de mercadorias.
Ainda sobre o transporte de produtos, veja algumas considerações importantes:
- alimentos perecíveis e frescos, como frutas, legumes e verduras, devem ser distribuídos com maior agilidade para evitar a degradação;
- alimentos perecíveis, como os laticínios e as carnes, precisam de refrigeração constante;
- alimentos não perecíveis industrializados, como o feijão e o arroz, embora sejam mais duráveis, precisam de uma armazenagem sem umidade e sem calor excessivo.
Inovações e tecnologias na logística de alimentos
O uso das tecnologias é fundamental para reduzir a complexidade da logística na indústria de alimentos e ajudar o setor a equilibrar eficiência, agilidade, baixo custo e produtividade.
Para isso, as empresas estão investindo em automação de tarefas, usando máquinas para desempenhar funções, além do uso de aplicativos para digitalização de dados, reduzindo a presença de caneta e papel na coleta de informações.
Além disso, os sistemas de gerenciamento de transporte (TMS) estão facilitando a integração de setores e de informações, permitindo uma comunicação ágil e sem falhas, determinante para a tomada de decisões.
A Internet das Coisas (IoT) é um recurso tecnológico que possibilita o monitoramento de veículos em tempo real e o controle das condições ideais de armazenamento, além da verificação do desempenho de sistemas de refrigeração por meio de sensores.
A IoT otimiza os processos logísticos na indústria de alimentos, identificando e corrigindo rapidamente as falhas e reduzindo os custos decorrentes das transações irregulares.
Leia também: TMS: conheça o sistema de gerenciamento de transporte
Rodojacto: transporte de alimentos com segurança e qualidade
A indústria de alimentos é um dos pilares da economia do país e parte de sua competência está atrelada ao desempenho eficiente da atividade de logística.
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