O CT-e é um documento eletrônico obrigatório muito importante na gestão de transporte. Ele garante a transparência do serviço, aumenta a segurança das transações e oferece vantagens para todos os envolvidos. A seguir, saiba o que é, para que serve e como fazer e emitir corretamente o CT-e.
O que é CT-e?
CT-e é a sigla para Conhecimento de Transporte Eletrônico. Trata-se de um documento criado e armazenado digitalmente, responsável por registrar toda a atividade de transporte de mercadorias.
O CT-e foi criado em 2007 por dois importantes órgãos fiscalizadores: o CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária) e a Receita Federal. Nessa época, era emitido apenas em papel, evoluindo para o formato que conhecemos hoje, muito mais prático e simples de usar.
Desde 2017, a emissão do CT-e tornou-se obrigatória em todos os modais de transporte, como rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo. Essa função cabe às transportadoras, responsáveis pelo transporte de cargas de terceiros.
Embora seja bastante específico, o CT-e costuma ser confundido com outros documentos utilizados no transporte de mercadorias, como a nota fiscal eletrônica (NF-e), por exemplo. Mas, são recursos diferentes.
Enquanto o CT-e reúne dados sobre origem, destino e valor do frete, a NF-e descreve a carga, os valores e outras informações importantes, como a entrada e a saída de mercadorias de determinada empresa.
O CT-e e a NF-e são documentos auxiliares e vinculados, porém, são distintos e, portanto, um não pode substituir o outro.
Leia também: Romaneio: o que é, como fazer e importância
Para que serve o CT-e?
O CT-e detalha a operação de transporte de carga, sendo um documento essencial para a eficiência, segurança e gestão logística.
Além de facilitar a organização e o gerenciamento do setor, o CT-e também é um importante facilitador fiscal, pois substitui vários outros documentos que antes eram usados com finalidades similares, como o CTRC (Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas) e a NFST (Nota Fiscal de Serviço de Transporte).
Desta forma, o profissional fiscalizador não precisa verificar uma série de papéis, pois tudo está reunido em um só documento, o que agiliza a conferência e reduz o tempo de parada do transporte nos pontos de fiscalização.
Outra finalidade do CT-e é otimizar a fiscalização e o rastreamento de carga transportada, garantindo a sua segurança, integridade e fortalecendo a relação entre contratante e contratado.
Leia também: Saiba como ratear o frete corretamente
Vantagens de usar CT-e
Simples, prático e fácil de usar, o CT-e reúne muitas vantagens importantes para todos os envolvidos. Confira as principais:
Redução de custos administrativos
Com a emissão automatizada e digitalizada do CT-e, as empresas de transporte reduzem o tempo envolvido na produção, manipulação e gestão de documentos, um processo burocrático e cheio de custos.
O CT-e elimina a impressão de documentos, o armazenamento físico de papéis e a mão de obra necessária para lidar com a papelada, resultando em economia de recursos financeiros e de força de trabalho e no uso do espaço físico.
Eficiência logística
O CT-e contribui para uma gestão logística mais eficiente, proporcionando maior visibilidade e rastreabilidade das mercadorias em trânsito, o que facilita a localização e eleva a segurança dos produtos carregados.
Por ser um documento digital, o CT-e é compartilhado facilmente pela internet. Essa característica faz com que todas as informações contidas nele circulem rapidamente entre os envolvidos na cadeia logística, como as transportadoras, os emitentes e os receptores.
Integração com sistemas de gestão
O CT-e agiliza o compartilhamento de informações entre setores, uma vez que possui rápida e fácil integração com sistemas de gestão empresarial, os ERPs, além de ser um documento digital.
A sincronização eficiente e segura dos dados documentados otimiza a tomada de decisão dos gestores, tornando-a mais rápida e precisa. Essa agilidade é fundamental para o funcionamento adequado do setor de transporte e para a simplificação das operações.
Conformidade fiscal
O CT-e é um documento obrigatório e o não cumprimento dessa regra pode incidir em multas e sanções diversas, como a apreensão do veículo e o afastamento da atividade por longos períodos.
Para evitar essas e outras penalidades, a empresa de transporte deve emitir o CT-e adequadamente, corrigindo as inconsistências que, porventura, possam aparecer e, desta forma, atender às exigências legais previstas.
Sustentabilidade
Além de vantajoso para transportadores, remetentes e destinatários, o CT-e também é benéfico para o meio ambiente, pois é uma prática sustentável.
A emissão automatizada do CT-e reduz significativamente o uso de papel, minimizando o impacto ambiental decorrente da produção e consumo desses recursos.
Atualmente, a sustentabilidade é uma qualidade muito exigida pelos consumidores e pode ser um diferencial competitivo para empresas comprometidas com práticas mais ecológicas.
Leia também: TMS: conheça o sistema de gerenciamento de transporte
Como emitir o CT-e?
A emissão do CT-e é obrigatória para todas as empresas que realizam o transporte terceirizado de mercadorias. Até 2017, as companhias menores podiam emitir seus documentos através do site da Sefaz (Secretaria da Fazenda).
Após essa data, o uso de um sistema próprio tornou-se obrigatório para todas as organizações, independente do porte. Confira os requisitos e o passo a passo para emitir o documento corretamente:
- Credenciamento na Sefaz do estado: apenas empresas credenciadas podem emitir o CT-e;
- Certificado digital: necessário para a assinatura digital, visto que o documento circula apenas por meio eletrônico;
- Uso de um sistema próprio: a empresa deve contratar um software ou plataforma que fará a emissão do documento;
Reunidos os requisitos acima, é hora de criar o CT-e inserindo todas as informações solicitadas no arquivo. Os principais campos são:
- CNPJ, inscrição estadual, razão social e endereço da transportadora;
- Dados do fornecedor da carga;
- Dados do responsável pelo frete e do destinatário;
- Unidade Federativa do emitente;
- Data e hora da emissão do documento, além do nome do município de onde a mercadoria está saindo;
- Informações da nota fiscal;
- Valor total da carga e do serviço prestado;
- Informações sobre o modal de transporte;
- Descrição dos impostos;
- Dados do motorista e do veículo.
O CT-e registra o transporte de cargas, mas também pode ser usado para corrigir valores e para substituir documentos anulados, por exemplo. Tenha clareza do seu objetivo antes de criar um novo documento.
Vale destacar que todo esse processo é feito online. Portanto, além de um certificado digital e de um bom sistema de emissão de CT-e, a empresa deve investir em uma internet estável e de qualidade.
Rodojacto: transporte com estratégia e eficiência
O CT-e é um grande aliado do setor de logística e sua emissão deve ser condizente com as exigências legais. Para garantir um transporte de carga legal e eficiente, conte com as soluções da Rodojacto. Além de segurança e agilidade, oferecemos um serviço personalizado, de acordo com as necessidades da sua empresa. A Rodojacto é mais do que uma transportadora, é o parceiro estratégico que a sua empresa precisa.
Categorias: Transporte